sábado, 13 de dezembro de 2008

e eu esqueci que 20 anos se passaram

dói tudo.
é um pouco ridículo, se não patético, eu andando devagar, mancando.
a festa da corporação rolou smooth, um sítio longe que parecia fora de são paulo, campo de futebol, quadra de vôlei, mesas para truco, mesa de ping pong, piscina, tonéis de cerveja, muita comida e garoa. fina, bem fininha.
e eu, que achei que só pessoas que jogam muito bem podem jogar qualquer coisa numa festa de fim de ano da corporação, chego e vejo uma pessoa que praticamente não sabia o que era uma bola jogando vôlei.
e fui bem feliz jogar também - depois que as duplas do campeonato, oficial, terminaram as partidas. joguei tanto que fiquei com muito calor e fui nadar. depois dancei, animadíssima, com uma garota que parecia uma passista de escola de samba. e nadei mais um pouco, e fiquei dando saltos mortais com uns meninos que saltavam beeeem melhor do que eu. pelo menos é que o que achei na hora. ah, os rapazes eram jovens. bem jovens.
antes de ir embora, mais um pouco de música para dançar. e já que na corporação o número de rapazes é absurdamente desproprorcional ao número de moças, foi fácil puxar os meninos para uma dança do adeus.
de volta ao ônibus que me levou até os confins de são paulo, cantamos. agora estou com dó das pessoas, porque eu cantei mais do que seria aceitável. entendam como quiserem. mas a surpresa foi ver uns rapazes - de novo eles - cantando várias músicas lindas. e (quase) afinados.
ufa, chegamos. quero dizer, voltamos a são paulo. e vamos tomar a saideira numa espelunca de 15a categoria. todos nos olham porque nossa pele era pálida, branca. e como dançávamos mal e porcamente, os locais juraram que eu e os meninos éramos gringos. tanto juraram que tentaram - os locais - me ensinar a dançar forró de verdade. e eu tentei. juro.
resumo da ópera. as dores são generalizadas. na bunda e nas pernas, de dançar, nos ombros, de jogar, num dos pés, de andar descalça e ter me cortado. coisa pouca, mas também dói.
mas o melhor de tudo é que quando cheguei em casa, estava pensando, feliz, em quantas coisas eu tinha feito, nossa, que divertido que tinha sido. aí lembrei que não jogava vôlei desde os 15 anos, quando armávamos a rede no imenso terreno da casa de praia dos velhos. e lá se vão 22 anos. e lembrei que fazia um bom tempo que não dançava a ponto de ficar com os cabelos molhados. e forró? quando será que dancei forró? quando tinha 20 e poucos anos e fui pra bahia?
meus deus. será que a velhice chega mais cedo nos dias de hoje? ou será que tenho me olhado pouco no espelho? ah ah ah.