quinta-feira, 5 de novembro de 2009

por que elas são tão loucas?

5:30 am - o despertador tocou. oh my god, eu ainda dormiria umas horinhas. lembrei que as crianças não estavam em casa quando acordei no meio da noite, e voltei a dormir. às 5:30am, com o sinistro horário de verão, a lua redonda tava brilhando bem feliz no céu escuro. me apronto - banho, café da manhã olhando pro céu alaranjado - e vou pra labuta. rodízio, então saio de casa às 6:30am.
um pouco antes das 7 am - chego ao trabalho. que é dentro de um estúdio de TV. jornal no ar, celular no silencioso. trabalho muito.
um pouco depois da 1pm - estou morrendo de fome. vou comer rapidinho. deixo a carol e o marcão na mesa e saio correndo, pago, volto pra labuta.
2pm - deu o meu horário, não devo fazer hora-extra, mas não terminei o trabalho.
2:15pm - mando e-mail pra minha editora, 'paula, tô indo, checa uma chamada que entra amanhã às 6am, please'.
pouco depois disso - o glauco me espera na calçada fumando um marlboro, bem feliz. vamos embora.
2:45pm - celular toca. o joão pergunta 'daqui a quantas horas você vai chegar?'. em 45 minutos, digo, porque vou ao mercado municipal de pinheiros. 'posso te pedir um favorzinho? você pode comprar um sorvete, napolitano?'. sim, eu posso.
3pm - chego ao mercadão. peço um zilhão de bifes no açougue, saco dinheiro pra compar o sorvete pras crianças, compro frutas secas e chás a granel, compro frutas frescas, volto pro açougue. o sujeito tá lá, embalando os contra-filés e os bifinhos de filé mignon. ele tem uma faca gigantesca na mão, e faz tudo tranquilamente, muito concentrado. eu suo, o calor é surreal dentro do mercadão. ele me pergunta se quero estrogonofe com as sogras. sim, eu quero. lembro de comprar linguiça, porque a giovanna, colega do joão, quer almoçar em casa e o prato preferido é esse. minha impaciência é ridícula, enquanto o cara corta o 'estrogonofe' e embala tudo de forma zen. ele termina, eu pago e parto.
quase 4pm - ligo pra casa do carro e peço pra esquentarem água do chimarrão.
4pm - chego em casa. coloco as compras no carrinho, subo. as crianças vêem TV, suadas. a doce nalva faz um sopa que eu vou comer com gelo dentro. o joão quer o sorvete, explico que ele pode ir comprar com a nalva. ele fica bravo, eu dou a grana e eles vão felizes, aparentemente.
pouco depois das 4pm - a manicure chega. pouco depois, joão e nalva aterrissam com o sorvete. sugiro ao joão que brinque de garçom. ele lava as mãos e serve pra todos: irmã, manicute, nalva e ele mesmo, claro.
quase 6pm - as crianças tão limpas e vão jantar. a manicure parte. a doce nalva também. o joão tá na cama, acho que dormiu, mas ele se senta e diz que não jantou.
6:15pm, aproximadamente - a lívia corta papéis, grampeia-os, risca com uma caneta, 'eu preciso de uma caneta, mãe', diz ela, muito séria. o joão janta, febril. dentes escovados, levo os dois pra cama.
depois das 6:30pm - o umidificador de ar faz um baruhlo estranho. olho, vejo que tem água. desligo, ligo, continua o barulho. olho bem, e vejo que não há água. encho o reservatório de água, coloco-o de volta, zzzzzz, ele volta a funcionar. ufa, economia de 250 reais. pensei que teria de comprar outro.
quase 7pm - o edu, que salva meu computador toda vez que a máquina tem falência múltipla de órgãos, liga. diz que vai chegar perto das 8pm, 'tudo bem?'. não, respondo. então ele virá amanhã. ufa!
7pm - crianças dormem. pago o estacinamento, que vence amanhã. faço as contas. como se planta dinheiro? é preciso regar todo dia?
quase 9pm - escrevo feliz. minhas costas estão doendo um pouquinho, bem pouquinho. respondi e-mails dos últimos 3 dias. tomo uma cerveja preta geladinha. vou comer sopa com gelo (ah ah ah) e vou dormir.
mas por que será que as mães ficam cansadas? será porque elas são loucas? ah ah ah mil vezes.