sábado, 28 de março de 2009

depois de três dias sem marlboros...

...saí de casa e fui comprar pitos. e então meu plano de ser uma mulher que não fuma aparentemente foi pras cucuias. e eu tento não me culpar. my god.
quando eu fui uma fumante convicta e sem culpas, hacen muchos años, eu fumava fumava fumava e não parava. e quando parei, quis comer uns pedaços da parede do meu apartamento. mas não comi. fiquei sem fumar, bonitinha, por muitos e muitos anos. por mais de uma década!
agora tudo é diferente. fumo às vezes muito, às vezes pouco, às vezes fico sem fumar. mas hoje foi pessssssado.
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as belas músicas de serge gainsbourg lutam contra o sonzinho que tá rolando na obra do metrô. sim, quem é vizinho de obra do metrô como eu tem coisas que as outras pessoas que não são vizinhas da obra não têm. uma delas: show ao vivo. três rapazes, calças jeans quase justas, um deles com um chapéu de palha na cabeça, testam o som. quando esse de chapéu me viu na janela, deu uma risada. esse povo é feliz.
os rapazes da obra tão mandando ver: há churrasco, cerveja. e um deles começou a dançar sozinho quando o som começou.
nas últimas festas que assisti eles faziam um forró de raiz, como aprendi quando editei um site de música. um deles tocava o triângulo, e eu ficava olhando e babando. outro tocava acordeão. uma lindeza. eu tinha dificuldade de pegar no sono, meu filho pulava da cama e dizia 'mãe, eu quero ver a festa'. mas no fim sempre dormíamos.
a festa de hoje é diurna, e graças a deus vou sair de casa daqui a pouco.
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acordamos muito cedo hoje. meu filho às 5am, minha filha às 6:30am. eu já estava acordada quando meu filho me chamou. foi pra minha cama e perguntou se podia ir brincar. disse que ele podia ficar um pouco na minha cama. o 'pouco' deve ter durado 5 minutos, e o cara foi pra sala brincar. achou a lanterna e foi pro quarto dele pendurar as folhas de papel com desenhos que ele havia colado nas paredes do quarto com fita crepe e que haviam caído durante a noite.
ajudei o pai deles a colocar as bicicletas no troço de carregar bikes, que eu não tenho ideia de como se chama. e eles se foram alegres, gritando tchau tchau de dentro do carro.
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o forró tá a mil. meu deus! eu vou pra bahia pra dançar forró de raiz uns cinco dias, até cansar.
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quando a obra acabar, eu vou morrer de saudades. desses homens que gritam felizes às 5am, fazem festas singelas, andam com macacões e capacetes e luvas e óculos protetores e quando vão embora estão irreconhecíveis: usam bermuda, mochila e mostram seus rostos. são uns garotos.
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je t'aime moi non plus com forró ao fundo. oh!!!!!