sábado, 16 de agosto de 2008

o que é bom e o que não é

"o que é bom, fedro,
e o que não é bom -
será preciso pedir a alguém que nos ensine isso?"
robert pirsig, nas primeiras páginas de "zen e a arte da manutenção de motocicletas. créditos para o meu primeiro marido, que me apresentou esse livro, que é uma luz.
acabo de chegar em casa. COM as crianças. depois de um churrasco. exausta.
paramos na locadora, e o filme que o meu filho queria, azur e asmar, está sem cópias. procurei outro, kiriku e a feiticeira, e estavam todos locados.
a casa. siamo arrivati.
e uma exaustão surreal toma conta do meu ser. e estou pensando sobre o que o dinheiro compra. tudo o que é muito bom na vida - dias de sol, ótimas companhias, gargalhadas, barulhos de pássaros - o dinheiro não compra. mas, surpresa!, tudo o que é horrível na vida o dinheiro também não compra: frases cretinas saídas das bocas de quem gostamos, lucidez pra sentir as bostas todas que vêm com a existência and so so on.
horror. horror absoluto. eu sempre achava que o dinheiro não compra as cousas boas desta vida. mas também não compra as cousas ruins.
o que nos resta?
orar, meditar, e pedir que o universo só nos mande o imprescindível. e que tenhamos sabedoria o suficiente para defenestrar o que não nos presta: amigos, conhecidos, amores.
pelamordedeus, onde é a saída???
deus esteja.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

será que deus lê blogs?

o título ia ser outro. ia ter a palavra gratidão. mas não consegui.
alguém disse que num trabalho criativo tem 99% de transpiração e 1% de inspiração. ou seria 90% de transpiração e 10% de inspiração? fico com a primeira opção.
ora pois. o fato é que deus tem iluminado meu caminho e eu tenho escrito muito. muito. todos os dias, textos com prazos para entrega. sim, respirem aliviados, não me refiro a este singelo blog.
muita inspiração. depois de trocentos litros de suor de transpiração. muito trabalho, mas muito mesmo. horas e horas. começa às 8h e alguma coisa, depois que os herdeiros foram desovados na escola, e termina muitas horas depois, quando os herdeiros já estão dormindo faz tempo. não chega a ser uma obsessão, porque trabalho por amor e por necessidade também. nenhuma tia rica me deixou milhoões de dólares (nem reais) para eu poder trabalhar por lazer. graças a deus.
mas eu queria falar de gratidão. me sinto uma vovozinha - eu sei que sou uma vovozinha, mesmo não tendo chegado aos 40 ainda - ao usar essa palavra. mas é gratidão que eu tenho por ter taaaaaaaanta inspiração. como se escreve sem inspiração? sorry, mas sem inspiração não se escreve.
vou perguntar pro joão ubaldo e pro verissimo se isso é verdade, porque eles sim escrevem com muita inspiração. mas enquanto não o faço, digo que sem ela eu não existiria profissionalmente. sei que minha visão é deveras limitada, porque profissionamente não sou um exemplo de variedade, digamos. sou jornalista não por opção, mas por falta de. antes, dei aulas de inglês e fui publicitária. mas sempre soube que tinha de escrever, e por isso fui ser jornalista. nossa, que chatice.
deus esteja.

domingo, 10 de agosto de 2008

forget love. i'd rather fall in chocolate

é uma brincadeirinha.
ontem, sábado, caí na estrada, a trabalho. mas antes disso, parei na loja do "melhor bolo de chocolate do mundo"(no google deve haver explicações. eu não posso dá-las porque não provei). o cartazinho em inlgês estava dependurado numa das paredes.
ontem traduzi a frase pra uma companheira de viagem/trabalho como "esqueça o amor. eu prefiro me atolar no chocolate". hoje de manhã, domingo, dia dos pais, meu pai longe, lá nos pampas, e eu reli a frase. "esqueça o amor. eu prefiro me apaixonar pelo chocolate."
tão simples, tão frio, tão sinistro, tão fácil.
bobagem. se não tiver amor, não tem graça nenhuma.
mas aí que tirei o fim de semana i-n-t-e-i-r-o para trabalhar. não por vontade, mas por prazo. mas fui convidada para comer um salmão na casa dos meus compadres. trabalhei muito por 3 horas, e me fui. uma gauchada, uma maravilha, um casal se mudando para o rio, a cidade mais bela do país, eu morrendo de inveja, mas inveja da boa. e não é que surge um jornalista da antiga, tipo um pouco mais jovem que o meu velho pai, que tem quase 72 anos. e a conversa descamba para política, direita, esquerda, brasil, amazônia, poderosos, clima mundial? socorro, onde é a saída de emergência???
fugi. vim trabalhar.
e fiquei pensando na linda frase acima. forget love. i'd rather fall in chocolate. e acho que entre o amor, o chocolate e a chatice, eu fico com o amor. depois com o chocolate. e nunca, nunca, com a chatice. que deus me abençoe, me proteja e me permita viver longe das coisas chatas.
amém.
estou sentindo cheiro bom. cheiro de coisas novas.
deus esteja.