sábado, 4 de outubro de 2008

tudo tem o lado bom,

menos o disco do lulu santos, segundo a leticia, citando o humberto werneck, tio dela.
o fato é que a frase não me sai da cabeça há dias. e há dias tenho trabalhado e não tenho conseguido escrever sobre.
sábado. 5:44pm. exaustão. uma amiga que é mais um anjo do que uma amiga fez o dia ser ótimo. cuidou dos meus filhos para eu poder ir à primeira reunião da escola do meu filho. nova escola, quero dizer. eu não conhecia absolutamente ninguém. e para irônica surpresa uma pessoa igual ao pai dele, intelectualmente falando, me vez ter a impressão de que ele estava lá. ainda bem que ele não foi, senão teria sido too much. ah ah ah.
mas tudo começou - a idéia de que tudo passa - num dia da semana em que eu dormi míseras três horas. um coquetel na corporação, uma ida a um boteco, e poucas horas de sono agravadas pela colaboração dos fiéis operários da obra do metrô, cujo dia de trabalho começa às 6am, com guindastes ligados e caminhões manobrando. tudo na janela do meu quarto. uma delícia.
e qual o lado bom disso?
é que eu fiquei lenta, muito lenta. trabalhei muito, mas bem lentamente. com uma concentração incrível. e fiquei pensando nisso desde então. um dia depois, quando dormi muitas e muitas horas e fui novamente trabalhar, estava pilhada, acelerada, uma coisa horrível.
por que não conseguimos andar devagar? pensar devagar? comer devagar? conversar devagar? e eu tenho tentado, me esforçado, mas tem dias que consigo, tem dias que não consigo.
hoje eu consegui. talvez isso seja o suficiente para eu pensar que foi um dia bom, muito bom.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

eu não mexei, mamãe

essa foi a resposta que a dona lívia maria terezinha de jesus, 3, deu para sua mãe, esta que vos escreve, ontem à noite.
eu tinha tentado ligar para casa à tarde, porque tinha esquecido de avisar a santa nalva que a lívia tinha de tomar remedinhos. a guria tá gripada há semanas. mas eu liguei de um, dois, três, quatro aparelhos diferentes, e nada. desisti. minha casa estava sem telefone.
quando cheguei do trabalho, encontrei meus filhos já na cama. mas antes de vê-los, vi o modem totalmente apagado. digo, as luzinhas do modem. liguei o aparelho na tomada. e quando cheguei ao quarto dos caras, perguntei quem tinha mexido nos fios - que ligam o computador, a internet, o telefone e os canais da tv. bingo!, não tinha sido ninguém.
mas eis que descubro, como eu já imaginava, que essa é uma das brincadeiras preferidas da lilica.
zuzu bem. problema resolvido, conto uma história pra cada filho - por essas e outras dois filhos é um número bem razoável -, eles dormem. eu também, um pouco depois.
e o dia - hoje - amanhece nublado. e o que era nublado logo se transforma em chuva. e frio.
e as filas de carro nas ruas aumenta, e eu chego ao supermercado onde vou sacar a grana para pagar o salário da minha empregada. o caixa não funciona. depois de quatro ou cinco tentativas, pego aquele interfoninho. "bom dia meu nome é marcos", diz o carioca de voz forte e educada do outro lado da engenhoca. depois de uns minutos, o marcos desliga a máquina e diz que em 3 ou 4 min poderei fazer o saque. aguardo. quando vejo a máquina com a tela laranja, coloco meu cartão e surpresa, trava de novo. tento mais uma vez e decido ir embora. sem o dinheiro. aviso a gerente do supermercado, que simplesmente pede que um garoto coloque no terminal do banco um retângulo de papelão onde se lê "equipamento fora do ar" ou algo que o valha.
ao trabalho. um café, uma loira oxigenada ao meu lado super feliz, diz que a chuva vai molhar tudo, lavar as ruas.
e para que eu não ache que um dia chuvoso é só cinza, um email do xan me deseja um dia pink! viva!
deus esteja.