quarta-feira, 15 de abril de 2009

'mamãe, eu tô com muiiiiiito sono'

ela me disse meio chororô.
a festa da aniversário da lívia tinha terminado. e eu acho que foi a última festinha que fiz na vida. e por festinha quero dizer uma festa em casa, em que vieram os três melhores amigos dela. tinha bolo de chocolate e brigadeiros, feitos por mim e pela minha mãe. cachorro quente e pipoca. e umas frutas.
festas são eventos maravilhosos que fazem a gente arrumar a casa lindamente. e eu arrumei, desde as 9am, os cds que estavam empilhados há tempos sobre a caixa de som, os brinquedos que andavam pela sala em vez de irem pra estante do quarto das crianças, o telefone que estava num lugar muito impróprio.
fiquei um pouco culpada, achando que era uma festa 'muito pequena'. mas muito pequena pra quem? a lívia ganhou presentes lindos. todos foram abertos e admirados por ela. lindeza. a meia-irmã, que tem sete meses, brincou no chão da sala com as panelinhas que ela ganhou. enquanto outras crianças jogavam balões de um lado pro outro, a pequena helena dava risada brincando com quem estivesse sentado ao lado dela.
eu estou exausta e durante dois dias vou descansar. porque depois desses dois dias vou fazer toneladas de brigadeiros para a festa do joão gabriel. esta sim uma festa, não uma festinha. um piquenique no parque, um dos parques mais bonitos de são paulo, com muita mata atlântica, muita sombra, muitos passarinhos e macacaquinhos brincando nas árvores.
talvez no ano que vem eu tenha de pensar em duas festas. ou surtar violentamente e fazer uma festa para meus dois filhos, com trocentos convidados e toneladas de brigadeiros.
fiz tudo sozinha, como tenho feito há tanto tempo, e não sinto tristeza por isso. mas acho que quando eu fizer festas para as crianças e puder compartilhar com alguém vai ser bem mais divertido.
mas tudo tem seu tempo, apesar dos meus ataques de fúria quando penso que a vida não é tão gentil comigo como eu acho que deveria ser. como escreveu a dora, a doce professora do joão gabriel:
deus pai, concedei-me a serenidade para aceitar o que não posso modificar, coragem para modificar aquilo que posso, e sabedoria para perceber a diferença.