sexta-feira, 11 de julho de 2008

o mundo é bizarro? ou sou eu?

tomara que este título nunca chegue às mãos do prof. pasquale. ah ah ah. trauma dos meus tempos de folha de s. paulo, quando fui obrigada a frequentar DUAS turmas do prof. pasquale por semana - leiam quatro aulas a cada sete dias - porque eu era recordista em erros de português do caderno onde trabalhava. afe!
as crianças dormem. o eduardo, que vinha instalar engenhocas wireless na minha máquina às 4pm, me ligou às 8pm para ofocializar o cano. o vinho acabou. meu trabalho que ia ser super não rolou. minha calça jeans nova, preta, cara e linda não fecha. mas minha falta de ar se foi e isso é mais importante do que muita coisa. quase todas, na verdade.
amanhã é sábado e eu pensei em fazer umas 13 coisas, desde buscar os óculos de sol na ótica até ir ao acupunturista, passando por cinema, vinho com uma amiga querida que trabalha muito na tv globo e que amanhã vai passar na minha casa depois do jornal nacional e arrumação geral em t-o-d-o-s os armários do meu enorme apartamento de dois quartos.
vou abrir outro vinho. sim, minha casa ficou com uma razoável oferta de vinhos desde que os meus pais, que tomam vinho diariamente há pelo menos 25 anos (pelos meus cálculos) estiveram aqui prestando seus adoráveis serviços de baby-sitting enquanto eu ralava em minas gerais. palavrões foram excluídos da última frase.
será que deus aceita no céu mães acima do peso e com algum vício tosco depois que morremos? acho que ainda vai demorar um pouco para eu me deparar com esse problema, mas acho bom que deus se acostume com coisas piores. não que eu vá piorar, porque acho que é pra frente que se anda e isso sempre significa uma evolução, mesmo que não consigamos enxergar.
e era sobre isso que eu queria escrever. sobre enxergar. sobre sentir. e sobre descartar os adereços inúteis que nos acompanham na vida, às vezes por tantos e tantos dias que achamos que os adereços fazem parte da gente.
a gente dá conta de tudo na nossa vida e sempre acha que tá pisando na bola, que tá esquecendo de alguma coisa importante, que não dá atenção aos amigos do coração, que paga juros em excesso pro banco, que nunca organiza o dia-a-dia, que nunca ganha o que merece, que nunca faz tudo o que gostaria, que come sobremesas demais, que não é justo com todos que aparecem no nosso caminho.
mas que saco. uau, estou muito contida nas palavras. talvez aos 37, quase alcançando os almejados 40, eu esteja me tornando uma lady. quem me conhece há mais de 10 anos (pelo menos) sabe que eu sou uma monja em evolução. mas tudo na vida tem limites. deixar de ser desbocada não está nos meus planos, pelamordedeus.
mas está nos meus planos viver devagar, falar um pouco mais devagar do que faço hoje, apertar nos botoões das máquinas com mais delicadeza (computador, máquina de lavar roupa, meu carro), falar mais pausadamente no telefone, tomar banhos de banheira mais demorados, boiar no mar por vários minutos sem achar que uma onda vai me fazer engolir 1 litro e meio de água salgada, demorar uma hora para escolher cinco calcinhas (e não os cinco minutos que costumo demorar). fazer compras na feira sem correr, andar pelo supermercado sem me enfurecer com senhorinhas obesas que fazem compras por diversão, procurar uma vaga pro carro em são paulo sem suspirar ruidosamente. e, por fim, não reclamar da vida.
e quem sabe viver dias muito felizes? dar risada? jogar memória e dominó com as crianças sem olhar no relógio? não ligar o computador por 48 horas?
que deus me abençoe. e me ajude! ah!

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