terça-feira, 28 de outubro de 2008

o barulho do aspirador de pó

toda vez que chego cedo na corporação, quem me dá bom dia é o barulho do aspirador de pó. não preciso olhar no relógio. sei que ainda não são 9am, e o menino que limpa o andar, cujo nome desconheço, aspira animado o carpete azul escuro.
tenho achado que as 24 horas do dia não são suficientes. mau sinal. e quando chego cedo na corporação minha ansiedade respira feliz porque sabe que terei mais horas de trabalho - menos horas de atropelo, provavelmente.
mas o atropelo é interno. sorry, sorry love.
fico pensando em espalhar cartazes sinistros, pare!, preferencial adiante e "corra devagar" pra ver se desacelero o passo.
quando vejo o menino do aspirador trabalhando, e quando o que faz os cafés na lanchonete cedo de manhã, o Jota, prepara uma bebibda atrás da outra, morro de inveja do que parece ser concentração e dedicação por parte desses meninos.
e se lexotan resolvesse?
acho que não. quando a gente fica louca, esgoelada, como diz minha amiga flávia, é preciso parar. não de viver, evidentemente, mas de correr.

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