segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

slow blogging and I

acabo de olhar a data do meu último post e, uia, já se passou uma semana. mais de uma, na verdade. e eu tava pensando em escrever que a culpa não foi minha, foi da minha web monguice em ficar sem conexão com o mundo virtual uns vários dias aqui no meu apartamento. ah ah ah.
mas às vezes explicações são desnecessárias. sim, porque eu descobri que não estou sozinha nesta lenta velocidade de atualização de blogs. e quem diz isso não sou eu. é o new york times. que deu uma matéria faz uns dias falando do formidável movimento de slow blogging. inspirados justamente no outro slow movement mundialmente conhecido, o slow food, uns blogueiros espalhados pela terra do obama não escrevem todos os dias em seus respectivos blogs. escrevem quando acham que têm algo para escrever. e isso pode demorar um dia ou dez. ou um mês.
eu me senti a pessoa mais in do mundo. neste caso o in significa inserida, por dentro. uau! e eu que sempre penso que nem blogueira sou, e que conto que este vaso de orquídea existe para poucas pessoas...
agora acho que falta surgir o "slow living". depois do já citado slow food, e do slow cittá - este, como aquele, também surgiu na itália, e prega que as cidades vivam de forma mais lenta também -, é hora de o slow living pregar que vivamos mais devagar, trabalhemos mais devagar, conversemos com nossos amigos e nossos filhos e nossos amores mais devagar. que tomemos banhos mais lentamente, que andemos olhando para o que nos cerca, e que se tivermos de pegar o carro - como assim? eu só me desloco de carro de casa pra escola pro trabalho pra escola pra casa pro trabalho pra casa todos os dias -, que andemos devagar, não usemos a buzina nem chamemos de bundão ou corno o sujeito indócil que nos dá uma cortada.
cheguei em casa há pouco e encontrei na cozinha uma forma enorme com muitos biscoitos de natal. meu filho pediu para me ajudar a colocá-los em saquinho, e se prontificou a descer à portaria do prédio para dar o primeiro saquinho, da primeira fornada do ano, pro antônio, um dos porteiros.
logo depois ele descobriu que o açúcar cristal e a canela em pó que sobravam na forma eram docinhos, e foi lambendo os dedos de felicidade.
a proposta do slow living é que todas as mães e pais e empregadas e avós e professores que cuidem ou vivam com crianças saibam que fazer biscoitos de natal em casa com as crianças é um tesão. e que colocar os biscoitinhos em forma de sininhos e corações e flor também é um tesão.
e que viver devagar dá barato.

Um comentário:

Idiossincrasias disse...

É isso aí, Tita: devagar se vai ao longe. E com mais prazer. Easier said than done, of course. Keep on trying!