segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

a cama na sala

um fim de semana na praia às vezes equivale a vários dias longe de tudo. e assim foi. foram pouco mais de 48 horas não só longe de casa como longe da cidade cinza. a coisa foi tão séria que algumas partes de mim estão da cor de um camarão pré-cozido. leia barriga, coxas, ombros. uma coisa feia, sinistra, pra ser elegante. e calculo que devam ser os longos dias na corporação que fizeram eu ficar da cor verde-escritório e sensível aos raios do sol que estava escondido atrás das nuvens e mesmo assim fez com que o protetor fator 30 fosse insuficiente.
depois de banhos de mar, de piscina, de comer churrasco, tomar cerveja, comer lula, dar risada, cantar, dar muita gargalhada, tomar chá de menta, voltei pra casa feliz da vida. e hoje, ainda feliz da vida, passei a manhã junto à boiada que, como eu, foi pedir visto para poder entrar em solo norte-americano. horas e horas sentando em bancos cheios de gente e, nossa!, mais um passaporte vai ganhar o carimbo da autorização dos donos da terra do tio sam.
minha bunda ficou quadrada e eu fui trabalhar. uma bela chuva veio de presente quando eu tomava café na praça da corporação. e uma chuva muito fina caía há pouco, quando voltei pra casa andando.
e quando abro a porta de casa, suspresa! minha cama está na sala. claro que na vida as coisas não vêm isoladas, mas em grupo. e os começos dos anos costumam me presentear com uma energia boa que me traz movimentos. mas agora parece que os movimentos estão intensos.
saí de casa de manhã cedo com a cozinha vazia - o marceneiro havia levado uma mesa e seis cadeiras para restaurar. e na mesma sexta-feira o pintor veio em casa para orçar a pintura de todas as paredes do apê. e a pintura começou hoje. todos os móveis do meu quarto e do quarto das crianças estão...na sala! mas fiquei pensando que incrível mesmo vai ser quando todos os móveis da sala forem para o meu quarto. aí vou dormir na cozinha. ah ah ah.
não vou enumerar as mudanças que estão chegando com os movimentos "presentes do começo de cada ano" senão vou desmaiar de tontura.
queria queimar um incenso e não consigo encontrar o cesto onde guardo as varetas. olhei sobre as camas empilhadas, nas estantes com brinquedos que estão em frente à minha estante de livros, debaixo da mesa de jantar, onde há uma casinha de boneca de madeira e uma carriola do mesmo material, e nada do cesto com incensos.
va bene. daqui a pouco o tal do cesto pula na minha cara.
e à noite vou dormir com uma luz acesa, para demorar menos de 5 minutos para saber onde estou caso acorde no meio da noite. e para não bater em todas as coisas organizadamente espalhads pela sala.
meus deus.
e agora vou me preparar para ir à edificante reunião de condomínio. e pensar que semana que vem vou ficar dando risada olhando pras paredes da minha casa, com tantas cores lindas e quentes.
deus esteja.

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