quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

a vida sem água. ou coraggio, ragazza

uma amiga minha costumava dizer que suspirar não passa, mas alivia. e ela dizia isso deitada na cama do hospital, de onde ela partiu rumo ao céu, nos seus 60 e poucos anos.
e eu tenho seguido à risca o que a janice dizia. passo suspirando o dia todo - acho que a noite toda também, mas aí pelo menos estou dormindo e não escuto.
a água acabou. isso não é uma piada. uma das colunas do adorável prédio em que eu e minha pequena família moramos entupiu e estamos sem água desde domingo. na garagem existe um tanque, e baldes e mais baldes chegam ao meu apartamento graças à santa nalva e ao gentil jailton, este faxineiro do prédio. panelas cheias de água são levadas ao fogão, e tomamos alegres banhos de banheira. a tal da coluna será quebrada, mas enquanto isso não acontece, penso que não devo elaborar planos de fuga para um lugar longínquo, tipo roma, onde eu ficaria num hotel maravilhoso que, claro, teria água abundante saindo de suas torneiras.
quando eu aprendi numa aula de teatro sobre o que era comédia, eu achei muito impressionante. conseguimos rir das situações sinistras, mas só quando elas viram 'passado'. é reconfortante pensar isso. e eu nem suspiro.
atrás de emprego? eu?

Um comentário:

Anônimo disse...

eu também acho, poucas coisas são realmente importantes, gritantemente não-importantes são as coisas que a gente passa metade da vida achando que são importantes. ainda bem que tem a outra metade ;)