terça-feira, 9 de setembro de 2008

o trânsito que não nos enlouquece

ressaca, eu?
ontem, uma singela e cinza segunda-feira, era dia de festa. coisa leve, balada de trabalho, às 19h30. mas como era balada, tive direito a um pit stop em casa para banho maquiagem meia calça e essas coisas que moças fazem quando vão a festas onde têm de se apresentar minimamente decentes.
pois bem. como o evento era longe da minha casa, calculei "sair o mais cedo possível". o mais cedo possível, saindo do trabalho lá pelas 4:30pm, foi 5:50pm.
fui dirigindo alegremente pensando, nossa que mico que eu vou pagar quando chegar ao evento antes de todo mundo. será que os manobristas estarão lá? será que vou achar uma padoca pra tomar um café antes do evento?
mas meus pensamentos animados duraram pouco. pouquíssimo. depois de menos de 10 minutos dirigindo, o trânsito parou.
marginal pinheiros, pista expressa. cinco faixas, todas lotadas. entre a fila que eu estava, a mais próxima do rio, e a fila ao meu lado, passavam todos os motoqueiros do mundo, pelos meus cálculos.
eles iam em alta velocidade - ou seria impressão minha, já que eu tava parada? e eu escutava música. abrir a janela não dava porque o rio fedia bem.
quando meia hora havia passado, calculei que eu ainda tinha uma hora para chegar. passada uma hora, comecei a temer que eu não chegaria.
e eu pensava, é claro que todas essas pessoas estão indo pro mesmo evento que eu. por que quem em sã consciência fica nesse trânsito surreal?
mas surreal eram os meus pensamentos, claro. passada uma hora e 25 minutos que eu estava sentada no carro, e depois de falar todos os palavrões que eu lembrava, cheguei! eram 7:15pm, e eu me senti civilizadíssima por chegar 15 minutos antes do horário marcado no convite.
só não entendi a cara calma, a falta de rostos raivosos, no mar de carros que estavam na fétida marginal pinheiros.
e também não entendi muito bem meu amor por essa cidade tão grande e tão cinza.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tita, ainda bem que eu não me aventurei a tentar ir à festa. Eu teria algumas horas apenas pra "confraternizar", antes de ter que voltar pro mamá do Vicente. E, pelo que vc descreveu, essas horas eu teria passado presa ao trãnsito na marginal, sem conseguir nem chegar na festa. Santa lucidez. E foi boa, a "balada" com os RHs?
Bjos