domingo, 30 de agosto de 2009

sobre passarinhos, crianças e alegria

não sei se os meus ouvidos estavam mais atentos ou se os passarinhos estavam mais animados. o dia tá acabando, o sol já se pôs, e eu escutei a música deles o dia inteiro. há pouco, na janela da sala que dá pra obra do metrô, tava pensando nisso quando um beija-flor chega perto, muito perto da tela de proteção da tal janela.
eu tinha acabado de chegar de um almoço. minha amiga tinha me dito, quando veio me pegar em casa e eu ainda estava de pijama, que eu devia usar o vestido que refletisse o que eu tava sentindo. então, podia ser qualquer vestido do meu armário. a paula é assim, fala as coisas sem rodeios. e eu saí com um vestido roxo e cheio de flores.
durante o almoço, a elce, amiga da paula, conta como trabalha em UTIs. ela é pediatra, e além de trabalhar em UTIs, faz exames no coração de crianças recém-operadas. e ela diz que tem fases em que morrem muitas, seguidas de outras fases em que não morre nenhuma. assim é.
nisso a paula conta como é lidar com as pacientes que têm câncer. e fala de uma, conta das cirurgias feitas nela e que agora não tem mais o que tirar caso o tumor volte a crescer. e como ela dá conta? vendo as crianças gorduchas cujos parto ela é a obstetra.
em casa, sozinha, sinto saudades dos meus filhos, que vão voltar pra casa daqui a pouco. e sinto uma coisa chata, que acho que responde por solidão. e, pra fechar o dia em grande estilo, assisito a um vídeo com pessoas dançando muito, mas muito felizes. e não posso deixar de dar risada.

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