sábado, 3 de janeiro de 2009

a morte das coisas velhas e o nascimento das novas

ontem tinha começado e escrever aqui e ploft, o computador morreu. num estágio avançado de zen, desliguei e depois liguei a máquina e perdi o que tinha escrito.
estou contabilizando, e é engraçado. minha câmera fotográfica morreu dia desses, no último dia de escola do meu filho, um dia em que eu nunca fotografo porque acho que é bobo mas dessa vez tinha resolvido fazer fotos porque era o fim de uma história de cinco anos e meio. e a máquina, ploft, morreu. mas dali saíram duas ou três fotos lindas, que o sujeito do laboratório cortou o filme e arrancou o que prestava.
a tv, que eu juro que nunca ligo, resolveu não ligar. e eu olhava os cabos e pensava meu deus quem é que entende de tv pra saber o que passa? mas foram só umas horas, 24, talvez. só pra eu parar de amaldiçoar a tela que enfeia minha casa, que eu digo que nunca uso mas que quando morre me deixa, no mínimo, impaciente.
tinha outra coisa que estava dando sinais de falência múltipla, mas não consigo lembrar o que era. ah, minha conexão com o skype. e lá fui eu desinstalar o programa, baixei outra vez, e nada de funcionar. foi sossegado, assim liguei pro meu irmão e falei bem pouquinho com ele, coisa impossível de se fazer no skype. é como aqueles cafés da manhã de padarias maravilhosas, você não tá com fome mas vai comendo. no fim foi só quase um feliz aniversário e tchau. e melhor assim, que chorei pouco de saudade enquanto ele me escutava, lá naquelas terras gélidas do colorado, e depois eu chorei bem feliz, sem ele saber - ele sabia, mas não ouvia.
e sobre as lágrimas, que devem ser outra parte das cousas que têm feito ploft. desde o último dia do ano que agora chamamos de velho tenho chorado maravilhosamente. será que isso é possível? num ato de coragem, bravura e vergonha na cara, eu fui jantar na casa da amiga de uma amiga, onde todas as pessoas se conheciam, menos eu. pelas minhas contas, eu dormi nos últimos 5 ou 6 dias 31 de dezembro. ou seja, era um evento. vestido branco, olhos pretos, e lá fui eu linda leve e solta. o jantar tava maravilhoso, o prosecco idem. as tais das lágrimas começaram a jorrar na tarde do último dia do ano. e escorreram sem vergonha na hora da meia-noite, quando estávamos todos ao redor da mesa falando do que esperávamos do ano que tava chegando.
e o ano começou, e eu lavo minha alma com mais lágrimas. não de tristeza nem de alegria, só de emoção. mas ai, pode ser foto, telefonema, email, conversas, oh my god. quantas lágrimas.
mas é bom agradecer. que venham todas as lágrimas que forem necessárias, pra o ano começar limpo, al meno. e eu também.

2 comentários:

Anônimo disse...

sweetheart, OF COURSE I LISTENED TO YOUR TEARS, mas eu estava completamente exausto com as minhas cozinhanças, e por isso, não colaborei com o momentum. mas estou really excited com a visitinha de voces em dezembro. contagem regressiva. ich liebe dich.

Idiossincrasias disse...

Tita,

Lagrimas tem sido uma constante nos tempos recentes. Marcam, agora de forma intransitiva, sentimentos e nuances que antes eram pensados exatamente, perfeitamente explicaveis ate... Lagrimas vem ao receber um presente, escutar uma musica, ouvir uma palavra nova na voz do menino Andre, da leitura de livros e blogs... Estao a espreita em toda parte, me chegam a qualquer momento e me fazem sentir mais e melhor.

As muitas lagrimas que serao vertidas em 2009 pelos mais sublimes sentimentos, pelos mais nobre motivos.

Com afeto,

Joao